Já devia estar habituada, pois é frequente acontecerem-me as coisas mais bizarras, mas quando acontecem, surpreendem-me sempre.
Há dias, estava eu pacatamente com os meus alunos (depois de 20 minutos de espera, que colocassem sobre a mesa todo o material necessário à aula e vontade para a enfrentarem) quando de súbito, uma aluna me diz que a mãe está na escola para lhe entregar um medicamento e solicita a saída da sala. Ainda mal tinha acabado de permitir a saída da sala à pequena, quando vejo dois braços a entrar pela janela do contentor (sim, porque a minha escola é feita de contentores, mas “tá-se bem”) e, depois uma cabeça (materna) e mais um pouco de tronco, a dar instruções da aplicação do dito medicamento (que vim a saber mais tarde ser para as aftas!), sempre na maior das descontracções, como se não tivesse interrompido nenhuma aula! E eu, a professora, à espera que as instruções maternas terminassem para poder continuar o meu trabalho (dar uma aula!). Ainda não contente, a referida mãe ainda me acenou lá do fundo, pendurada na janela, com uma certa dificuldade para me ver e, questiona-me sobre a progressão da sua filha neste período! A minha vontade foi… é melhor nem dizer.
Há dias, estava eu pacatamente com os meus alunos (depois de 20 minutos de espera, que colocassem sobre a mesa todo o material necessário à aula e vontade para a enfrentarem) quando de súbito, uma aluna me diz que a mãe está na escola para lhe entregar um medicamento e solicita a saída da sala. Ainda mal tinha acabado de permitir a saída da sala à pequena, quando vejo dois braços a entrar pela janela do contentor (sim, porque a minha escola é feita de contentores, mas “tá-se bem”) e, depois uma cabeça (materna) e mais um pouco de tronco, a dar instruções da aplicação do dito medicamento (que vim a saber mais tarde ser para as aftas!), sempre na maior das descontracções, como se não tivesse interrompido nenhuma aula! E eu, a professora, à espera que as instruções maternas terminassem para poder continuar o meu trabalho (dar uma aula!). Ainda não contente, a referida mãe ainda me acenou lá do fundo, pendurada na janela, com uma certa dificuldade para me ver e, questiona-me sobre a progressão da sua filha neste período! A minha vontade foi… é melhor nem dizer.
2 comentários:
E assim vai o ensino em Portugal... era por o raio da moça na rua... enfim medicamentos para a afta? Não era urgente, esperava... enfim.
Bom...parece que, apesar de ensinar português na Alemanha, estas mesmas situações também a mim me acontecem. Hoje mesmo tive que aturar uma mãe que, já tem por hábito, tirar para cima da mesa todo o material escolar da sua querida filhinha, enquanto esta despe muito devagarinho o seu casaco e depois é uma festa de beijinhos e despedidas... enquanto que eu quase agonizo porque o tempo de aula é pouco.
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