segunda-feira, março 31, 2008

quarta-feira, março 26, 2008

Noivos estão a ser notificados para fornecer informação ao fisco


Atenção, se está a pensar casar, pense muito bem...

Aqui ficam algumas dicas:
  • Guarde todas as facturas dos gastos da cerimónia, incluindo o vestido e fato do noivo (não sei se a liga e a cueca também é pedida, por isso, pelo sim pelo não, guarde também essa factura)

  • Peça aos convidados o comprovativo do leilão da liga da noiva e da gravata do noivo (isto se fizer uma festa à moda antiga, seguindo todas as tradições festivas casamenteiras Portuguesas)

  • Peça ainda aos convidados as facturas de todos os presentes que receber (não vá o fisco lembrar-se de os pedir anos mais tarde!)
E tenha um bom casamento.




sábado, março 15, 2008

PS quer proibir 'piercings' em zonas sensíveis do corpo (in Diário de Notícias)

Pensamento que me passou pela cabeça ao ler o artigo em epígrafe:

"Será que estes deputados não têm questões mais importantes para se preocuparem? Até que ponto deve um governo interferir numa questão, que mexe com a intimidade de cada um? Como pode um partido ser a favor do aborto e no entanto condenar quem usa "piercings" e tatuagens alegando um problema de saúde pública? Não devo estar em Portugal de certeza..."

Sugestões para agendas de trabalho ( que no meu entender são bem mais importantes e que foi para as resolver que os senhores foram colocados na AR):
  1. Desemprego
  2. Criminalidade (que tem vindo a subir face à subida do desemprego)...
  3. Educação - novo estatuto do aluno e Estatuto da Carreira Docente...
  4. Saúde - fecho de SAP's e urgências hospitalares...
  5. Reformas miseráveis a que um triste idoso tem de se sujeitar depois de anos a trabalhar
  6. Tráfico de órgãos
  7. Tráfico de carne branca
  8. Abuso de crianças
  9. ...(e tantas outras!)

terça-feira, março 11, 2008

Apoio à ministra abre guerra nas associações de pais (in Diário de Notícias)

Para ler:


Dissidentes até já questionam verbas entregues à Confap
O porta-voz do PS, Vitalino Canas, reclamou recentemente que a política educativa do governo conta com o apoio dos pais. Mas a verdade é que, nos últimos tempos, é cada vez mais difícil de perceber para onde pende esse apoio. As divergências de posição estão mesmo a precipitar uma cisão que poderá, muito em breve, dividir em duas a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), que representa 1700 associações.Esta estrutra - em conflito interno na Justiça há mais de um ano, devido ao controverso anulamento de umas eleições pelo então líder da Assembleia geral, o actual presidente Albino Almeida-, vive hoje uma guerra aberta, entre uma facção leal à direcção e outra -que reclama representar metade das associações de pais - que acusa o presidente de ter assumido uma posição de subserviência face à tutela."Com Albino Almeida, a Confap passou a dizer 'ámen' a tudo o que vem do Ministério da Educação", disse ao DN António Castela, da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (Ferlap). "Ele diz que representa os pais, mas está longe de o poder fazer", acusou, revelando que, além da Ferlap, a oposição conta com o apoio da federação regional de Viseu (FREViseu), liderada pela ex-presidente da Confap, Maria José Viseu, "e das concelhias de "Sintra, Vila Franca de Xira, Marinha Grande, Ourém e Benedita".O movimento, que "em Abril" vai criar a Confederação Nacional Independente dos Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), promete assumir uma postura bastante mais crítica em relação ao Governo : "O que vamos fazer é analisar políticas educativas", frisou. "Não vamos apoiar esta ou aquela equipa ministerial".A CNIPE, disse António Castela, tem discordâncias com a tutela em alguns aspectos de vários diplomas, como o novo regime de gestão das escolas, o estatuto do aluno e a lei das associações de pais, que considera "pouco ambiciosa". Quanto à Confap, acusa, a postura é de "colagem às medidas do Ministério".Castela foi ainda mais longe, sugerindo que essa alegada postura poderá de alguma forma ser compensada pela tutela: "Não percebemos como foi possível haver transferências [de dinheiro] do Ministério da Educação para a Confap em Abril e Maio, quando esta só aprovou os mecanismos que permitiam essas transferências na Assembleia Geral de Setembro", contou. "Não percebemos também porque o Ministério ainda não se pronunciou, nem pediu um inquérito, sobre o facto de ter havido um desfalque de 60 mil euros na Confap, que terá sido cometido pelo tesoureiro, já afastado"."Fazem um frete à Fenprof"Contactado pelo DN, Albino Almeida não foi menos duro na caracterização dos seus opositores: "O que se está a passar é seguramente um frete feito à Fenprof [Federação Nacional dos Professores] para sugerir divergências", acusou, explicando: "A senhora Maria José Viseu, que é professora numa escola privada do ensino básico, esteve na marcha dos professores [de sábado]". "Para mim, o CNIPE resume-se a duas pessoas: o senhor Castela e a senhora Maria José Viseu. Não sei se vão constitui-se em associação, porque ainda nem sequer fizeram as assembleias gerais para se desvincularem da Confap. Mas mesmo que reúnam todas as estruturas que reclamam, o que não vai acontecer, representam no máximo 40% das associações de pais."Albino Almeida negou ainda que a Confap não critique a tutela, dando o exemplo do enriquecimento curricular do 1.º ciclo, "onde muitas actividasdes eram mais bem feitas quando eram organizadas pelas associações de pais. O que não fazemos são acusações fortuitas, como eles, que chegaram a acusar as autarquias de estarem a mercantilizar o enriquecimento curricular", ripostou, lembrando que Maria José Viseu "aconselhou o Ministério em diplomas que agora critica, como a lei das associações de pais".Albino Almeida admitiu a ocorrência de um desvio de verbas na Confap, atribuindo essa situação a um alegado "abuso de confiança" do antigo tesoureiro, que será alvo de "procedimento criminal". O DN contactou o Ministério da Educação, mas não foi possível obter uma resposta sobre este tema.

(in Diário de Notícias online)

O grande problema destas associações é que, alguns dos que as representam se esqueceram que muitos dos professores (de profissão) são PAIS ATENTOS e PREOCUPADOS com a ESCOLA PÚBLICA, não só porque TRABALHAM lá, mas em 1º lugar porque os SEUS FILHOS ESTUDAM nelas.

Por mim, enquanto profissional atenta e dedicada, vou continuar a convidar os pais à escola e esperar que TODOS participem de modo CONSTRUTIVO na organização da ESCOLA e na vida educativa dos alunos, mas ...infelizmente, a experiência tem-me ditado o contrário.

domingo, março 09, 2008

Resposta a Emídio Rangel (ao artigo escrito ontem, sábado, no Correio da Manhã)

Não sei se tiveram oportunidade de ler a rubrica do Sr. Emídio Rangel que saiu este sábado no Correio da Manhã, na qual afirma, passo a citar: "Tenho vergonha destes pseudo-professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações." Pessoalmente, não consegui compreender em que país vive este senhor, pois o seu entendimento sobre esta matéria está um pouco, para não dizer muito, desfasado da realidade. Pois se afirma que já foi professor, já o deve ter sido no tempo em que o Professor se dedicava EXCLUSIVAMENTE ao ENSINO. Não sei se este senhor sabe, mas pelas afirmações que pude ler é certo que desconhece, hoje o Professor desempenha nas Escolas Portuguesas, um papel que não se resume à mera transmissão de conhecimento. Hoje, o Professor é um EDUCADOR, que tapa "buracos" numa sociedade podre de valores, substituindo-se inúmeras vezes ao papel dos pais. Possivelmente ensinou e estudou no ensino não oficial ou na Capital, desconhecendo o que realmente se passa no resto do país. Felizmente, ou infelizmente para a minha carteira (dado o "bom" vencimento que aufiro), tive oportunidade de leccionar em várias escolas de ponta a ponta do nosso país e constatar que a realidade das Escolas de periferia é sempre a mesma: sempre os mesmos problemas sociais, o mesmo desinteresse dos pais, o mesmo desinteresse dos alunos pela escola, o mesmo desprezo pela PROFISSÃO de Professor. Fico chocada quando elementos da SOCIEDADE, que DEVERIAM desempenhar um papel de INFORMAÇÃO, não o desempenham de forma adequada. Quantas são as rubricas que saem num Jornal Diário questionando a forma como os Jornalistas fazem o seu trabalho? Quantas são as rubricas que saem num Jornal Diário, questionando o modo como os Engenheiros fazem os seus projectos? Quantas vezes meteram o "dedinho" no trabalho dos Advogados? Quantos sabem opinar sobre o trabalho do Pedreiro da esquina? Pois é... Mas sobre o trabalho do Professor todos sabem meter o "dedinho"...Toda "a gentinha" (dado que nessa rubrica os professores são chamados de "essa gente", os outros serão a gentinha) sabe opinar sobre o trabalho docente!
Fico espantada com tanta sabedoria...
Deixo uma sugestão aos Jornalistas que tanto sabem sobre a PROFISSÃO de PROFESSOR e parecem tanto desejar rebaixar a imagem do PROFESSOR Português:
  • sigam uma semana na vida de um professor, com horário completo,
  • um professor Director de Turma,
  • um professor Titular de Turma e depois digam-me se na realidade os professores "são pseudo-professores, que não fazem nenhum, ensinam menos, e não aceitam avaliações".
Vá, mexam-se...