segunda-feira, novembro 20, 2006

Só a mim...

Já devia estar habituada, pois é frequente acontecerem-me as coisas mais bizarras, mas quando acontecem, surpreendem-me sempre.

Há dias, estava eu pacatamente com os meus alunos (depois de 20 minutos de espera, que colocassem sobre a mesa todo o material necessário à aula e vontade para a enfrentarem) quando de súbito, uma aluna me diz que a mãe está na escola para lhe entregar um medicamento e solicita a saída da sala. Ainda mal tinha acabado de permitir a saída da sala à pequena, quando vejo dois braços a entrar pela janela do contentor (sim, porque a minha escola é feita de contentores, mas “tá-se bem”) e, depois uma cabeça (materna) e mais um pouco de tronco, a dar instruções da aplicação do dito medicamento (que vim a saber mais tarde ser para as aftas!), sempre na maior das descontracções, como se não tivesse interrompido nenhuma aula! E eu, a professora, à espera que as instruções maternas terminassem para poder continuar o meu trabalho (dar uma aula!). Ainda não contente, a referida mãe ainda me acenou lá do fundo, pendurada na janela, com uma certa dificuldade para me ver e, questiona-me sobre a progressão da sua filha neste período! A minha vontade foi… é melhor nem dizer.

sábado, novembro 18, 2006

Acabadinha de chegar...

Um dia Sócrates morreu.
O conselho de ministros reuniu-se para decidir onde seria enterrado.Um ministro sugeriu:
- Deve ser enterrado em Vilar de Maçada. Afinal, é a terra natal dele.
Então um bêbado, que não se sabe como, entrou na reunião, disse com aquela entoação típica dos ébrios:
- Em Vilar de Maçada pode... Só não pode em Jerusalém!!!
Como estava naquele estado, ninguém lhe deu atenção. Um segundo ministro disse:
- Acho que deve ser na Covilhã, onde viveu e fez carreira política.
O bêbado mais uma vez interveio:
- Na Covilhã pode... Só não pode em Jerusalém!!!
Novamente, ninguém lhe deu ouvidos.
Um terceiro ministro finalmente sugeriu:
- Nem em Vilar de Maçada nem na Covilhã. Deve ser enterrado em Lisboa, pois era o Primeiro-ministro e todos os primeiros-ministros devem ser enterrados na Capital.
E o bêbado novamente:
- Em Lisboa pode... Só não pode em Jerusalém!!!
Aí, perderam a paciência com o impertinente:
- Porquê esse medo de Sócrates ser enterrado em Jerusalém?
E o bêbado respondeu:
- Porque uma vez enterraram lá um tipo e ele RESSUSCITOU!!!

quinta-feira, novembro 16, 2006

As músicas da minha infância

Não sei se algum dia pararam para pensar e reflectir sobre as letras das músicas da vossa infância. Desde que sou mãe, que dou por mim a reflectir sobre isso, cada vez que a minha alguinha ouve música. Vejam só:

“Atirei o pau ao gato,
Mas o gato não morreu,
D. Xica assustou-se,
Com o berro que o gato deu”

Dá para pensar, não dá? A letra é do mais sádico que se possa imaginar. Primeiro atirou-se um pau ao gato, e ainda por cima a criança ficou triste e chateada porque o gato não morreu. Ou seja, com uma letra desta deveria ter-se como objectivo a exterminação dos felinos domésticos!
Outra letra giríssima é a do Sebastião. Lembram-se? Ora aqui vai:

“Sebastião come tudo, tudo, tudo
Sebastião come tudo com a colher,
Sebastião come tudo, tudo, tudo,
Chega a casa e dá porrada na mulher”

Esta é linda não é? Será que a finalidade seria criar homens sem boas maneiras e brutos como uma porta? Vai daí…(o pior é que alguns seguiram a música à risca!)
Outra é esta(e acho que é a pior que me lembro):

“Ó mulher eu compro-te umas botas
Isso não maridinho, isso não maridinho, que me faz as pernas tortas
Compra-me um litro de vinho, água fria faz-me mal, isso sim maridinho…”

Magnifica não é? Nem sei que comentário fazer!!
Enfim, vamos ver se as músicas infantis melhoram com esta nova geração…A ver vamos!

sábado, novembro 11, 2006

Idade da Inocência









Imagem recebida por e-mail
Autor desconhecido



quinta-feira, novembro 09, 2006

Disparates dos Filósofos 4

Sugestão para combater a fome...

"Um dia, no mercado, ia Diógenes masturbando-se, enquanto dizia: "Ah! Se ao menos pudesse matar a fome também desta forma, esfregando a barriga..."
Diógenes de Laércio
Disparates dos Filósofos 3

Sobre o sexo...

"Tudo se resume, afinal, ao esfregar de um tubo e à ejaculação de uma certa mucosidade, acompanhada de um certo espasmo".
Marco Aurélio
Disparates dos Filósofos 2

Semelhanças...

"Quando o sémen provém do testículo direito, o filho assemelha-se ao pai; quando provém do testiculo esquerdo, assemelha-se à mãe".
Parménides
Disparates dos Filósofos 1
" A enguia nem é macho nem é fêmea, não gerando a partir de si qualquer produto".
Aristóteles
" Os homens provieram inicialmente da terra, tal como os espinafres".
Empédocles
"Nos atletas, o estado de saúde em excesso é perigoso, devido ao facto de nem poder ser melhorado nem tão-pouco poder manter-se estacionário, só podendo, pois, deteriorar-se".
Hipócrates

quinta-feira, novembro 02, 2006

E-mail enviado por um aluno (para a minha pessoa)


"prfessora hoje nao fui as aulas por kue a mminha mae teve kue ir visitar uns parentes dela kue tiveram um acidente klaro kue tinha kue la ir e hoje fikuei no montijo koma minha avo desculpe eu ter faltado as aulas a kulpa nao foi minha nem dos meus pais nem de ninguem aconteceu este problema familiar a minha mae nao pode fikar komig em casa para eu ir para a escola desculpe isto nao vollta a axontecer "

...no coments...
Ajuda de Berço

A ajuda de Berço é uma instituição de acolhimento de crianças dos 0 aos 3 anos de idade que, por vários motivos, não podem viver com os seus pais ou familiares mais próximos. Esta instituição dispõe de um site que vive da publicidade que faz e das várias empresas que o patrocinam. Para poder ajudar a instituição basta ir a http://www.arcidadania.org/index.php
e clicar onde diz "um colo para cada criança". Cada vez que alguém visita o site, a instituição fica a ganhar. Vai ver que não custa nada um pouco de solidariedade. ;)
Consequências do aquecimento global
"AL GORE, UNA VERDAD INCÓMODA
Entrevista con el ex-vicepresidente Al Gore
Al ex vicepresidente Al Gore le gusta bromear y dice que continúa de campaña electoral. Pero el mensaje que lanza de forma tan elocuente en Una Verdad Incómoda no puede ser más serio.La ‘campaña’ es para advertir al mundo de los peligros inminentes del calentamiento global y los desastres ambientales a los que nos enfrentamos. El documental está basado en un efectivo reportaje fotográfico realizado por Al Gore a lo largo de muchos años.
Dirigida por Davis Guggenheim, Una Verdad Incómoda es un fascinante análisis de las razones por las que los temas ambientales llegaron a apasionar a Al Gore, además de hacer un recuento accesible, divertido, conmovedor y alarmante de los peligros que amenazan al planeta y lo que nosotros podemos hacer para resolverlos. Esta entrevista se realizó durante el Festival de Cine de Cannes, donde Una Verdad Incómoda recibió críticas muy favorables. Una Verdad Incómoda se estrena en España el día 3 de noviembre.
Q: Uno de los temas de la película es que esto es una cuestión moral y no política. ¿Era ese el mensaje más importante?
A: Sí. Todos estos asuntos hay que volverlos a enmarcar y entender desde una perspectiva moral. En los últimos 100 años, la población mundial se ha cuadriplicado. Hemos aumentado cien veces el poder de nuestras tecnologías. Y esta combinación ha transformado de forma radical la relación entre la humanidad y la Tierra. Ahora somos capaces de tener un impacto destructivo en el sistema ecológico de todo el planeta. En la actualidad somos la fuerza más grande de la naturaleza y tenemos que tener en cuenta la forma que nos relacionamos con el medio ambiente.
Q: ¿Por qué una película y no, digamos, una serie de televisión?
A: La película es un medio más fácil de contar una historia. Creo que es una película de acción porque mueve a la audiencia a realizar acciones y me agrada especialmente comprobar aquí en Cannes, con la primera proyección internacional, que el público no es diferente al americano. Como en América, no hay diferencia entre cómo ven la película los demócratas y los republicanos. Y eso es muy gratificante y espero que pase en todos los sitios lo mismo, porque como he dicho, esto no es un asuntos político desde mi punto de vista, sino más bien moral. Solo tenemos un planeta y todos compartimos el mismo futuro, por tanto no debe sorprender que todos reaccionemos a este mensaje de la misma forma.
Q: Una de las cosas que me gustó de la película es que muestra algunas de las cosas que le han formado como hombre y como político. ¿Tuvo alguna reserva a la hora de contar cosas más personales?
A: No me hubiera gustado hacerlo y cuando estaba haciendo la película no esperaba contar cosas muy personales. Creo que fue una buena idea que el director no hablara de esos temas conmigo hasta que no se ganó mi confianza y respeto. A partir de ese momento supe que todo lo iba a tratar de la forma más sensata. Y me explicó sus razones. Y lo que me dijo fue que el reportaje fotográfico tiene mucho impacto en la audiencia porque tienen delante la vida real de una persona, aunque sea la mía (risas), la que están viendo. Pero en la pantalla no ocurre eso de forma automática, sino que hay que crearlo. Davis dice que para que la audiencia conecte con la persona que tienen en pantalla tiene que haber una narrativa. Me lo explicó de tal forma que lo entendí y pude superar mis reticencias y como ha podido ver, la forma en la que ha hecho cada una de las viñetas soporta e introduce la narrativa en el reportaje fotográfico. Sinceramente, creo que ha hecho un magnífico trabajo. También hizo un buen trabajo con las entrevistas, porque fueron horas interminables y no salen muchas en la película. Algunas veces, no quedaba satisfecho con las respuestas que yo le daba a preguntas similares e indagaba más y más, hasta el punto de verme expresando cosas a las que nunca antes había puesto palabras. Y consigue la frescura y poder de esas viñetas porque también para mí son nuevas y eso le rinde un homenaje como entrevistador.
Q: ¿Tiene algún aparato ecológico en casa?
A: Pues tenemos un coche híbrido y también las bombillas de la casa. Utilizamos termostatos y hemos hecho todo lo que recomendamos en la película. Además hace un par de años tomamos la decisión de tratar de neutralizar las emisiones de carbono, no sólo reduciendo el consumo sino también comprando las emisiones para reducir el volumen de dióxidos de carbono de otros lugares y compensar los que nosotros inevitablemente emitimos. El proceso de producción de la película, promoción, distribución y la gira publicitaria se ha realizado de forma absolutamente ecológica. El libro que se publicará la semana que viene también será el primer libro que neutralice las emisiones de carbono. El 100 por cien de los beneficios que Tipper y yo consigamos del libro y la película se destinarán a una campaña educativa sin ánimo de lucro, bipartidista, para difundir el mensaje sobre la crisis climática. Y al final del verano empezaré un programa de formación y formaré a 1000 personas para poner la presentación fotográfica en sus voces y periódicamente les iré facilitando más información cada semana a través de internet por lo que habrá cientos de personas viajando por todo el mundo emitiendo este reportaje fotográfico cada noche."
extraído do site da Greenpeace Espanha

quarta-feira, novembro 01, 2006


Eduardo Prado Coelho: Professores


"O umbigo da Ministra da Educação deve ser tão GRANDE que não a deixa ver/ouvir opiniões diferentes da sua.

Há qualquer coisa que não está a funcionar bem no Ministério da Educação. Existe uma determinação em abstracto do que se deve fazer, mas compreensão muito escassa da realidade concreta. O que se passa com o ensino do Português e a aprendizagem dos textos literários é escandaloso.
Onde deveria haver sensibilidade, finura e inteligência na compreensão da literatura, há apenas testes de resposta múltipla completamente absurdos.
Assim não há literatura que resista.

Há tempos, dei o exemplo da regulamentação por minutos e distâncias de determinadas provas. O ministério respondeu-me que se baseavam na mais actualizada bibliografia e que tinham tido reacções entusiásticas perante tão inovadoras medidas. Não me convenceram minimamente. Trata-se de dispositivos ridículos e hilariantes, que provocam o mais elementar bom senso. O problema reside em considerar os professores como meros funcionários públicos e colocá-los na escola em sumária situação de bombeiros prontos para ocorrer à sineta de alarme. Mas a multiplicação de reuniões sobre tudo e mais alguma coisa não permite que o professor prossiga na sua formação científica.

Quando poderá ler, quando poderá trabalhar, quando poderá actualizar-se? Não é certamente nas escolas que existem condições para isso. Embora na faculdade eu tivesse um gabinete, sempre partilhado com mais quatro ou cinco pessoas, nunca consegui ler mais do que uma página seguida. Não existem condições de concentração. Pelo caminho que as coisas estão a tomar, assistiremos a uma barbarização dos professores cada vez mais desmotivados, cuja única obsessão passa a ser defenderem-se dos insultos e dos inqualificáveis palavrões que ouvem à sua volta. A escola transforma-se num espaço de batalha campal, com o apoio da demagogia dos paizinhos, que acham sempre que os seus filhos são angelicais cabeças louras. E com a cumplicidade dos pedagogos do ministério.

Quando precisaríamos como de pão para a boca de um ensino sólido, estamos a criar uma escola tonta e insensata.

Neste benemérita tarefa tem-se destacado o secretário de Estado Valter Lemos. É certo que a personagem se diz e desdiz, avança e volta atrás com a maior das facilidades. Mas o caminho para onde parece querer avançar é o de uma hostilização e incompreensão sistemática da classe dos professores.Com isto prejudica o país, e prejudica o Governo, com um primeiro-ministro determinado e competente, mas que não pode estar atento a todos os pormenores. E prejudica o PS, mas não sei se isto preocupa. Vem agora dizer que o professor deve avisar previamente que vai faltar, o que no limite significa que eu prevejo com alguns dias de antecedência a dor de dentes ou a crise de fígado que vou ter. E que deve dar o plano da aula que poria em prática caso estivesse em condições. Donde, as matérias são totalmente independentes de quem as ensina, basta pegar no manual, e ala que se faz tarde. Começa a tornar-se urgente uma remodelação do Governo, mas isso é tema delicado a que voltarei mais tarde."


Professor universitário, Eduardo Prado Coelho
(recebido por e-mail em 19 de Outubro)



UP's

Peço desculpa aos visitantes deste blog, mas só depois do reparo feito pela minha colega SS, reparei que não permitia comentários de anónimos. A situação já foi corrigida.